Friday, April 29, 2011

Sugestão de leitura





















E de choro! Sim, porque nunca me lembro de um livro me ter deixado assim... Tão triste, tão perturbada, mas ao mesmo tempo tão feliz, e com vontade de valorizar ainda mais cada minuto que passo com os meus meninos (vulgo gatos).
Chorei copiosamente nos últimos 2 ou 3 capítulos, não aquando da morte do Casper, mas sobre a descrição fictícia de como é o céu dos gatos, e o que acontece quando morrem. E sim, sou do mais céptica que há quanto a estas coisas, mas fiquei a imaginar se por acaso fosse como estava descrito no livro, e custou-me muito imaginar que um dia também vou perder os meus... Sempre tive isso presente, e agora que atingiram os 10 anos de idade (todos de boa saúde, felizmente) fico cada vez mais apreensiva quanto ao futuro...
Quando o meu outro gato morreu, estava comigo há 8 anos (desde os meus 8) e custou-me muito, mas com estes ainda seria mais difícil, pois a ligação que tenho com eles é qualquer coisa de extraordinário. Quando ele morreu, debati-me durante algum tempo com o seguinte dilema: arranjar outro gatinho (não para o esquecer, mas para ajudar naquele período de tempo mais difícil) ou esperar bastante tempo até que a dor passasse? Optei pela primeira via e acho que fiz bem. É claro que depois de perdermos um animal de estimação, custa muito arranjar outro, pois sabemos que, dependendo do animal, ele terá um tempo de vida muito limitado, relativamente ao nosso, mas eu achei que seria mais fácil lidar com a dor, dando amor e carinho a outro animal (e foram logo 3!).
Tal como a autora do livro diz e muito bem, temos de pensar nas coisas boas que ficam das relações entre humanos e animais. E isso, por si só, já vale este mundo e o outro!
Leiam o livro - é, de facto, uma leitura apaixonante, para quem ama os animais! Uma boa sugestão para o Dia da Mãe ;)
Aloha

Tuesday, April 26, 2011

Sugestão de leitura





















Já vinha de saída da FNAC quando me deparei com este título. Fanática como sou pelo tema da 2ª Guerra Mundial, não resisti e agarrei-o. Li-o em 2 ou 3 dias, fascinada pelas histórias destas mulheres. Dividido em capítulos, por ordem cronológica, um por cada mulher, permite-nos ficar a saber do lado feminino do Terceiro Reich, desde os seus primórdios até ao culminar da derrota Alemã. São também revelados muitos factos acerca de Hitler e dos seus homens, e do rumo que muitos acontecimentos tomaram. Ao lermos a história, "conseguimos" perceber o fascínio que Hitler teve sobre estas e outras mulheres, que não era diferente da pressão que exercia nos homens, e o porquê de muitas das suas atitudes. É fácil falar e dizer que teríamos feito de forma diferente, que eram pessoas sem escrúpulos, etc., mas a verdade é que a visão e o discernimento se tornam difusos quando alguém tem capacidade para exercer a influência que Hitler tinha. Fosse de que modo fosse. E o senhor Hitler era mau, óbvio que era, mas o modo como ele conseguia captar audiências de milhares de pessoas em comícios políticos - isso ninguém pode negar! Era bom orador, sem dúvida; pena que fosse para levar os seus seguidores por maus caminhos. Mas estejam certos que, tanto ele, como todos os outros que tiveram envolvidos no Holocausto, perderam o controlo do barco. É-nos dado a saber, neste e noutros livros, que as coisas não deveriam ter tomado rumos tão drásticos. No entanto, nestes casos, basta algo sair fora do controlo para não mais se apanhar o comboio que já vai a descarrilar...
Leitura interessante, sem dúvida.
Aloha

Saturday, April 23, 2011

A Cidade Dos Mortos





















A Cidade dos Mortos, no Cairo, é a maior necrópole do mundo.
Um milhão de pessoas vivem dentro do cemitério – em casas tumulares ou nos edifícios que cresceram em redor. Dentro do cemitério há de tudo: padarias, cafés, escolas para as crianças, teatros de fantoches...
A Cidade dos Mortos estende-se por mais de dez quilómetros ao longo de uma auto-estrada, mas não deixa de ser uma aldeia, com mães à caça de um bom partido para as filhas, rapazes a correr atrás das raparigas, disputas entre vizinhos.
Preparado e rodado ao longo de cinco anos (2004-2009), este filme procura dar a ver a alma invisível do cemitério.
Aloha

Sunday, April 10, 2011

Sugestão de leitura





















Esta foi a minha mais recente leitura. Lido com satisfação e num ápice, pois sendo um tema mais que familiar para mim, embrenhei-me de tal forma na história que me era difícil parar.
Escrito por um dos poucos jornalistas com acesso exclusivo à zona de resgate dos mineiros, este livro tem a credibilidade que muitos outros não terão.
Para quem tiver interesse em conhecer os detalhes desta história com final feliz, aconselho vivamente este livro. É de leitura fácil, mesmo para quem não está dentro do tema, e penso que explica de forma clara o modo como foi feito o salvamento dos 33 mineiros.
Aloha

Monday, April 4, 2011

Flatspin - Um apartamento em apuros





















Nem sempre o que parece é ou ninguém é bem quem aparenta ser - são expressões populares sinónimas sobre a aparência que traduzem o enredo criado à volta desta comédia policial hilariante, de Alan Ayckbourn, Flatspin - Um Apartamento em Apuros.
Boas interpretações e divertimento à mistura fazem desta peça uma excelente forma de preencher o final da noite. De momento, em cena no Casino do Estoril.
Aloha

Saturday, April 2, 2011

Camino





















Apesar de já ter estreado há algumas semanas, só ontem tive oportunidade de o ver. E apenas está no Monumental, em Lisboa, pelo que se tiverem interesse, vão vê-lo rapidamente. 10 estrelas, fenomenal, arrebatador! Fiquei sem palavras!
Um drama autêntico, no verdadeiro sentido da palavra - este filme mais parece uma tragédia.
Camino
de Javier Fesser assume aqui uma crítica à Opus Dei, uma instituição da Igreja Católica que pretende divulgar a mensagem de que podemos encontrar Deus no trabalho e na vida quotidiana.
As interpretações são muito boas mas é a de Nerea Camacho (Camino) que se destaca, estando completamente brilhante, fabulosa e angelical. A realização também é muito boa com Fesser a criar uma obra alegórica, chocante, cruel, onírica e contra a Igreja Católica, a Opus Dei e o fundamentalismo religioso em que a Espanha está mergulhada. Camino é polémico e inesquecível, é uma crítica ao fanatismo e obscurantismo religioso mas é também uma reflexão ao amor e à redenção humana.
Para quem, como eu, é contra a religião, essa posição reforça-se ainda mais com este filme.
Uma obra imperdível, na minha opinião!
Aloha