Confesso que podia estar melhor. Não posso dizer que tenha ficado desiludida; ia apenas com expectativas demasiado altas, dado que tinha lido o livro O Cônsul Desobediente. Quando assim é, esperamos sempre mais. Gostei da interpretação do Vítor Norte, embora tenha achado as outras personagens mais fraquinhas. Gostei da ideia do reencontro entre os irmãos. A adaptação está fiel à história, mas deveriam ter falado mais sobre a fase final da sua vida: a destituição dos seus cargos, por parte de Salazar, e a vida miserável que levou, desde então, juntamente com a restante família. Deveriam ter dado mais ênfase ao triste final a que Aristides foi vetado. Salvou 30 000 vidas, e depois? Se não foi considerado um herói, deveriam mostrar como terminou a sua carreira e vida, para dar ao público a dimensão de tamanha injustiça. Para mim, Aristides Sousa Mendes é uma das mais ilustres figuras Portuguesas, e deveria ser tratado como tal. 30 000 é um número demasiado grande para passar despercebido. A ditadura de Salazar terminou há muito, mas mesmo assim não vi grandes homenagens e discursos a este homem (exceptuando aqueles tecidos pela comunidade Judaica). E é uma vergonha que tantos Portugueses desconheçam este herói!
Aloha
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