Wednesday, December 21, 2011

Sugestão de leitura





















Mais um dos livros que comprei na Hungria, e que estava no top dos mais vendidos, ou não se tivesse passado este caso na Áustria. Por cá, o rapto de Natascha Kampusch foi apenas ligeiramente referido nas TV's e jornais, se bem me lembro. É mais um daqueles casos "ah, só acontece lá fora", e rapidamente foi esquecido. Tipo o caso do Josef Fritzl, também Austríaco. Hmm, afinal os Austríacos não são perfeitos - parece que têm um parafuso a menos!
A história desta rapariga é, de facto, incrível, pois teve uma força de vontade sobrenatural para aguentar a prisão numa cave, durante quase 9 anos. Poderíamos dizer que o raptor não a tratou tão mal como outros o teriam feito. Deu-lhe roupa, comida, educação e até a chegou a levar de férias. Mas também a privou de comida, maltratou-a fisicamente e submeteu-a a trabalhos domésticos e de obras. E tirou-lhe o bem mais essencial de todos: a liberdade, ainda mais numa das fases mais importantes da vida - a adolescência. Ele não era um criminoso bom, mas não a violou, não lhe tirou os órgãos nem a introduziu numa rede de pornografia, da qual era dificilmente sairia.
Natasha conta-nos, em palavras suas, como tentou entrar na mente dele, e perceber o que tinha de fazer para se manter viva e sã. Tentou conquistar o raptor e ganhar a sua confiança, de modo a poder pôr em prática o seu plano de fuga. Tal só foi possível ao fim de 8 anos e meio. Dizem que ela ficou com o síndroma de Estocolmo, mas ela nega isso e explica-o: ela teve foi de ser mais esperta do que o raptor, e de facto, vê-se que teve uma maturidade e um sangue-frio que poucas crianças de 10 anos poderiam demonstrar.
É, sem dúvida, uma grande história, de coragem e sobrevivência.
Aloha

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